domingo, 17 de abril de 2016

Um desabafo tardio


Tivemos uma surpresa: o pai B veio passar o fim de semana a casa.
As crianças ficaram felizes. FELIZES! A casa encheu-se de felicidade. 
Foram dois dias maravilhosos, dois dias em que tudo foi partilhado: os abraços, os beijinhos, os sorrisos, os choros, as tarefas diárias...tudo!
Mas, como se diz, o que é bom acaba depressa e (mais uma vez) houve despedidas. 
A casa fica mais vazia e os nossos corações também.
Custa-me muito que as crianças tenham que passar por este vai e vem do pai. 
Os mais velhos ficam muito calados, sem vontade de fazer nada, mais rabugentos, há mais amuos e têm muitas dificuldades para adormecer no dia em que o pai se vai embora. Tento sempre apaziguar, ter mais calma com eles e a minha prioridade como mãe é que eles se sintam bem e que compreendam a situação de estarmos separados do pai, o que da maior parte das vezes não é muito fácil. A No, que é mais velha, já entende o porquê de ter que ser assim, mas os rapazes...

"O desafio de ser pai ou mãe requer virtudes 
como coragem e generosidade -
e talvez um dose de loucura."


E tenho dias que dou em louca (louca mesmo!), falo alto, zango-me com eles, perco a paciência, mas depois olho para eles já a dormir, tranquilos, tudo se acalma e sei que não vivia sem eles. Não é fácil ter que fazer tudo sozinha e não ter ninguém para partilhar. Claro que tenho ajuda dos meus pais, não sou nenhuma super mulher, mas seria maravilhoso ter a ajuda do B a tempo inteiro.

Bem sei que tenho que ser forte, positiva e pensar que um dia tudo será diferente mas...acho que esse dia ainda vai muuuuito longe.


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