segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Nem tudo é um mar de rosas


E fica um vazio enorme cá dentro. Um vazio que vai sendo preenchido pelas gargalhadas das crianças, pela alegria e pelas suas vitórias.
Mas este vazio nunca é totalmente preenchido, mesmo quando estamos os cinco juntos, pois eu sei que dia menos dia vai estar de volta.
Os dias que se seguem à partida do pai B são sempre terríveis. Muitos choros, muitas birras, muitos "não"! E mesmo sabendo que são passageiros, custam tanto a passar...
Os mais velhos sofrem, mas já compreendem o que se passa, agora o Pe...nunca o tinha visto a reagir como ontem. Demorou a adormecer, acordou várias vezes durante a noite a chamar pelo pai e passou o dia muito triste no colégio. E não vai melhorar: sei que com o tempo vai ser cada vez pior e não sei até que ponto eu vou conseguir aguentar.
Raios partam este país que não nos deixa ter uma vida como gostaríamos de ter!
Sei que tenho que cravar as unhas, ranger os dentes e aguentar.
Aguentar por eles, pelos nossos filhos! Mas...também por nós.





Peço desculpa, mas hoje não há fotos bonitas...
pois o vazio não é possível representar.






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